sexta-feira, 31 de julho de 2009

Escala universal - um piano nos pés.

Achei fenomenal este vídeo. O palestrante Boby Ferrin tenta demonstrar como a escala pentatônica é instintiva para a platéia. A experiência, muito bacana, foi feita em um seminário chamado "Notes and Neurons:In Search of the Common Chorus".
Ao fim do experimento, Boby comenta que em diversos locais, de culturas bem diferentes, o resultado é sempre o mesmo. As pessoas, segundo sua visão, cantam instintivamente a escala pentatônica.

Assistam e em baixo deixo um comentário pessoal sobre essa experiência.

World Science Festival 2009: Bobby McFerrin Demonstrates the Power of the Pentatonic Scale from World Science Festival on Vimeo.



Achei interessante a maneira como o Boby demonstrou sua visão. Mas acho que os sinais, ou notas musicais, são signos que se aprendem com o tempo. Gosto da comparação com o alfabeto. Acho que teríamos o mesmo resultado exemplificado por Boby, se ussassemos as letras (guardas as distinções linguisticas de algumas culturas, é claro).
Acredito que na concepção, na criação dos intervalos entre as notas musicais, lá nos primórdios do nascimento da aptião musical, o homem usou sim o instinto para criar esse código que conhecemos hoje como 'escala maior, menor, pentatônica...etc'.
Mas afirmar que hoje, o reconhecimento desse código é instinvo é como dizer que o homem não precisou nem de um segundo na história de sua inteligência para pensar em desenvolver algo genial como a roda. Em outras palavras, é como ignorar o desenvolvimento de um novo conhecimento científico.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Novo vídeo de Rodrigo Andreiuk

Sanfona de Egberto Gismonti por Rodrigo Andreiuk

O novo vídeo disponível no canal de youtube de Rodrigo Andreiuk é uma releitura da canção "Sanfona" de Egberto Gismonti. Esta música é uma das faixas do disco chamado "Em família", lançado por Gismonti em 1981. A releitura de "Sanfona" é apenas um dos três tributos que Andreiuk prestou a Gismonti, em seu DVD lançado no início de 2009. As outras duas canções que ganharam releituras foram "Agua e Vinho" e "Palhaço" .



mais informações sobre o DVD de Rodrigo Andreiuk - www.rodrigoandreiuk.com
comunidade no orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=83482093

por Christian Camilo

sexta-feira, 24 de julho de 2009

o herói soviético

No post anterior eu falei se um menino sul-coreano de apenas 11 anos que toca violão de uma maneira espetacular.
Hoje me deparei com o talento de um sr. que infelizmente já morreu. Seu nome:
Mstislav Rostropovich


Mstislav foi considerado um dos melhores violoncelistas enquanto viveu, para não dizer o melhor.
Nasceu em 1927 no Azerbaijão, quando o país ainda era parte da ex-União Soviética.
Ainda muito jovem mudou-se para Moscow onde ingressou no consevatório da capital, onde mais tarde se tornou docente e maestro.
Este grande músico também foi um grande defensor da arte sem fronteiras e da liberdade de expressão. Em 1974 ele foge da então URSS por se opor ao regime tão restritivo e duro com seus artistas nacionais. Tal ação resultou na perda da nacionalidade soviética e consequente naturalização em cidadão americano.

Deixo um vídeo fantástico deste que foi conhecido como o "libertador dos artistas soviéticos". Mstislav morreu em 2007 e foi enterrado em sua terra: Moscow. Com as honras de um herói nacional.
Muito obrigado a Monica que mando a dica do vídeo via twitter.
Quem quiser mandar sugestões por lá, aqui fica o meu twitter:
www.twitter.com/rodrigoandreiuk

terça-feira, 21 de julho de 2009

Curioso e prodígio

Estava para escrever mais um texto sobre Amadeus Mozart.
Mas um novo furação prodígio entrou em meu dia.
E quem diria. Ele vem da Coréia do Sul.
Tem 11 anos e toca violão de uma maneira fantástica.
Seu nome - Sungha Jung.
E tudo mais que eu sei dele é que ele tem mais de 50 vídeos no seu canal de youtube com mais de 500.000 visualizações.

Assistam o vídeo abaixo. E vocês entenderão porque chamei de furacão, um garotinho tão pequeno e seu violão.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Bach - Cello Suite No.6 ii-Allemande



Sebastian havia completado 10 anos a poucos meses.
Caminhava, voltando para casa com seu tio Cristoph.
Tinha acabado de entrar para o grupo de coral da cidade.
Faziam dois anos que tinha perdido a mãe e não imaginava que quando chegasse em casa teria outra terrível perda.
Falecia seu pai. Johann Ambrosius Bach.
Seu tio Cristoph, irmão gêmeo de Ambrosius, ficou desnorteado. Assim como o garoto.
Os irmãos gêmeos da família Bach faziam muita coisa juntos. Inclusive, ambos trabalhavam juntos na formação musical de Sebastian.
Ambrosius ensinou o violino.
Cristoph o orgão.
A tristeza foi grande na família.
Familiares e amigos temiam pela saúde de Cristoph. Ele amava Sebastian como um filho e por essa razão o jovem muda-se para a casa de seu tio, dias depois da morte do pai.

Cristoph trabalhava como organista na cidade de Ohrdruf.
Os amigos na cidade lamentavam muito a tristeza que havia tomado posse
do semblante do espirituoso Cristoph.

Na primeira missa, após a morte de seu irmão, Cristoph desata em lágrimas, em vários momentos enquanto toca o orgão do culto.
O jovem Sebastian assiste. Quietinho. Sentindo talvez mais dor pela tristeza do tio do que pela morte do pai.

Cristoph volta pra casa.
Coloca o jovem Sebastian na cama.
Bebe a madrugada inteira.

A luz de um novo dia chega aos seus ouvidos antes do despertar de seus olhos.
Uma melodia, levemente triste, mas cheia de beleza, é tocada no violoncelo
do falecido irmão.
Ele se levanta e ainda grogue de sono segue no caminho da música, que esta sendo tocada bem baixinha.

- Sebastian, de quem é essa música?
- Tio, desculpe acorda-lo. Fiz para você e para o papai. Ainda não acabei...quer me ajudar?
Sebastian estava tão cheio de energia para compor a canção, que toda a paixão por aquela música tomou conta do tio também.
Cristoph se sentia feliz em ver o garoto prodígio trabalhando com ele numa peça tão bela.

- Vamos chama-la como tio?
- Que tal...Alemande, Sebastian?


Christian Camilo

quinta-feira, 16 de julho de 2009

A cavalaria romena






George Enesco. Compositor,violinista, maestro e professor. Nasceu na Romênia e segundo o texto que li no Wikipedia, foi um dos 'maiores violinistas' do sec. XX.
Escutando a peça acima é de se imaginar que foi um dos mais criativos e ativos.
Aos 4 anos começou a tocar violino e aos 12 impressionou a imprensa e o público.
Foi prestigiado por grandes maestros e compositores. Entre eles Richard Strauss.
Para Pablo Casals, um renomado e virtuoso violoncelista, Enesco era "o músico mais fantástico desde Mozart".

Gostei demais dessa peça de Enesco.
Espero que gostem.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Música para chorar



Música que flutua.
Descobri assistindo ao filme "Amadeus".
Desde então Mozart ficou acima das nuvens.
Quando dou play. A beleza vibra e você sente que o belo tem força motora.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Bob Dylan apresentando Elis Regina na rádio

Escutem a resenha que o Bob Dylan fez sobre a Elis Regina, em seu programa de rádio Theme Time Radio Hour dia 18 de junho!
Engraçado que ele tenta ser informativo...haha...
O apelido da Elis Regina era Pimentinha?! Eu não sabia. Ele a chama de "Little Pepper".

quarta-feira, 8 de julho de 2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Famosos encrenqueiros

Vi esta série de fotos no blog Siteatied.
Elas mostram como os famosos chegariam na delegacia depois de se envolverem em alguma briga ou ema confusão na rua. A produção das fotos esta sensacional. Difícil dizer qual a melhor...mas a montagem da Madre Teresa de Calcuta é audaciosa!








Entrevista - Mercedes Lorenzo



Mercedes Lorenzo é uma poetisa, ou melhor, um artista da palavra.
Se fosse música podíamos dizer que seus poemas são quase um 'free jazz'.
Talvez seja até uma 'viagem minha', mas é exatamente em cima dessa liberdade poética que parecem nascer os poemas e experimentos do Cosmunicando, o blog de Mercedes.

Resolvi entrevista-la para saber mais sobre esta 'lúcida lúdica poetisa' e seu universo de referência poética e literária.

por Christian Camilo - Assessor de imprensa de Rodrigo Andreiuk

1 - O Cosmunicando, seu blog, é dedicado principalmente , a sua expressão poética.
Gostaría de saber se isso é um hobby ou se você é escritora...qual é a sua principal atividade fora a poesia?

É verdade, o Cosmunicando é o blog onde publico somente o que escrevo (salvo raras exceções, como diálogos poéticos, intertextualizações ou inspirações de outros poetas). É meu único blog autoral de fato. Mas tenho um outro blog onde o foco são poesias de outros autores, tudo o que mais gosto, dentro e fora da blogosfera, sejam autores famosos ou não. E ainda um terceiro blog de temática ambiental, ecologia.

A poesia pra mim começou como uma forma de auto-expressão, sem grandes compromissos e mostrando apenas para amigos mais próximos. Como você sabe, o blog permite esse tipo de troca, de "feedback" instantâneo. A partir dessas reações, e sentindo cada vez mais prazer na escrita, passou a se tornar algo muito presente e mais importante pra mim do que um mero hobby. Embora eu não me considere escritora ou poeta, profissionalmente falando, hoje em dia é nisso que está focalizado meu principal interesse de atividade. Comecei este ano a pensar seriamente na publicação de um livro.

Já trabalhei na área de desenho publicitário e desenho animado, depois migrei para uma área mais "cerebral" que é a da Programação Neurolinguística, onde me especializei e permaneci trabalhando até relativamente pouco tempo atrás. Porém, neste momento, estou tendo a rara e feliz oportunidade de poder ficar literalmente "em férias" de todo trabalho remunerado, o que não significa que esteja sem atividades. Nos últimos dois anos pesquisei muito sobre a questão ambiental também. Sou uma pessoa um tanto inquieta e meus focos de interesse sempre se mantém diversos.

No entanto, como disse antes, a poesia tomou um lugar muito especial em minha vida e com certeza veio pra ficar.

2 - Você dedica seu tempo a alguma outra atividade artística?

Não. Muito raramente retomo à prática do desenho, que já exerci... e em alguns momentos, a título de relax, gosto de lidar com artesanato, com decupagem... mas aprecio a arte em todas as suas formas e estou sempre atenta ao que me toca com beleza, seja a música, seja a pintura, seja a dança, etc...

3 - Em seu perfil, notei que deves gostar muito de Cecília Meirelles e Fernando Pessoa. Quais poetas você gosta? Tem mais alguns que considera como favoritos?

Bem, no meu perfil especificamente usei duas citações desses poetas porque elas condiziam de forma peculiar com aquilo que eu quis deixar implícito lá. De fato aprecio os dois. Gosto especialmente de Fernando Pessoa enquanto Álvaro de Campos, é maravilhoso. Tenho uma grande quantidade de poetas favoritos, além desses, e posso citar alguns mas certamente a lista ficará incompleta: Paulo Leminski, Augusto e Haroldo de Campos, Octavio Paz, Manoel de Barros, Vladimir Maiakóvski, Walt Whitman, Cummings, Alice Ruiz, Viviane Mosé, Lau Siqueira, Eucanaã Ferraz, Miguel Torga, Sérgio Rojas... nossa, é uma lista muito grande e vou esquecer uma boa parcela aqui. Sem contar alguns letristas da nossa música que eu considero grandes poetas, como Chico Buarque, Itamar Assumpção, Caetano Veloso, Lenine, Milton Nascimento, Arnaldo Antunes, Torquato Neto, etc...

Também quero salientar os novos e maravilhosos poetas na blogosfera, merecendo inclusive uma atenção maior por parte das editoras, os que eu me lembro agora: Rodrigo Machado Freire, Adrián Dorado, Fernando de Castro Fernandes, Rubens Guilherme Pesenti, Jo Bittencourt, Líria Porto, Mariana Botelho, Carito (de Os Poetas Elétricos), Hélio Aroeira... entre tantos outros que costumo ler. E mais uma vez estarei sendo injusta por puro esquecimento, os talentos são muitos.

4 - Imagino que além de poesia, goste muito de literatura. Qual é o seu gênero favorito? Poderia deixar alguma sugestão de leitura? Ou até mais de uma...

Sim gosto muito... tenho alguns gêneros que leio mais que outros, mas não sei dizer um gênero favorito, depende muito da época. Neste momento está sendo poesia e também ensaios críticos sobre determinados poetas, além de biografias. Mas em algumas épocas tenho o maior prazer em ler ficção científica, por exemplo. Já fui uma devoradora voraz dos livros de Isaac Asimov (risos).

Como sugestão vou indicar os livros que terminei de ler há poucos dias: ReVisão de Souzândrade (um verdadeiro resgate desse poeta maranhense praticamente desconhecido e genial, feito por Augusto e Haroldo de Campos), De Segunda a Um Ano (de John Cage), e Poesia da Recusa (compilação e comentários de Augusto de Campos sobre 13 poetas fantásticos, incluindo poemas de Mallarmé, Bóris Pasternak, Gertrude Stein, Ana Akhmátova, etc...). E nunca é demais recomendar o Poesias Completas de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa) e Folhas da Relva (a obra máxima de Walt Whitman), além de todos e qualquer um dos livros de Manoel de Barros e de Paulo Leminski.

5 - Poderia indicar algum vídeoclip ou música que goste muito? Pode ser algum que esteja no youtube que daí colocaremos no blog!

O meu maior problema é indicar só um (risos)... mas vá lá: fico com o inesquecível e antológico The Great Gig in The Sky, do Pink Floyd, cuja versão original do estúdio, com vocais improvisados magistralmente por Clare Torry, foi refeita ao vivo no palco em 1988, pelas três vocalistas igualmente maravilhosas. É pura poesia, só que sem palavras.



sábado, 4 de julho de 2009

As aparições de Alfred Hitchcock

O site empire reuniu em fotos, todas as 36 aparições do diretor e cineasta Alfred Hitchcook.
Ele costumava a aparecer como 'um simples figurante' em muitos de seus filmes. Geralmente, sua aparição ocorria em momentos despretenciosos do filme, afinal, a própria platéia já aguardava o momento em que Hicthcook iria aparecer e a intenção do diretor não era quebrar a concentração no enredo da trama. Se trava de uma peculiaridade de seus filmes, uma marca registrada.

Aqui, alguma cenas em que Hitchcock deu 'as caras'.


Cortina rasgada, 1966



Os pássaros, 1963

Todas as 36 aparições podemvisualizadas aqui.

via frekshowbusiness

quinta-feira, 2 de julho de 2009

o Funk do Joel

O Joel Santana, brasileiro, técnico da seleção da África do sul 'é o cara'. Muita gente que sabe muito de inglês trava na hora de se comunicar por ter medo de 'errar' da formulação gramatical. Joel, cheio de carisma, se vira no que sabe. Imagine um africano tentando falar português. Nós íamos achar legal. Simpático. E o Joel está esbanjando simpatia nesses vídeos em que ele, barbarizando no inglês, consegue ou 'pelo menos tenta', se comunicar com os sul africanos.